Três álbuns indies que vão fazer você se sentir o hipster dos hipsters
Confesso que essa é minha primeira lista. Não vou enumerar nada como forma de dizer o que é melhor ou pior, até porque o critério para se decidir isso é muito subjetivo. No entanto, tive a brilhante ideia de escrever dessa forma porque sintetiza o que quero passar e não fica um texto maçante referente a um determinado artista. Às vezes apenas queremos saber o nome da banda, a localidade e o estilo de som que os caras fazem, num é mesmo?
Abaixo, segue uma seleção de três álbuns indies que me acompanham já há um bom tempo e que são, teoricamente, obrigatórios na playlist de quem curte aquele som experimental difícil de ser rotulado dentro de um único gênero:
King Krule – 6 Feet Beneath the Moon (2013, True Panther / XL Recordings)
Archy Marshall é o inglês de apenas 22 anos responsável pelo King Krule que, atualmente, conta com o lançamento de dois álbuns, um EP e um single. Provavelmente, a voz desse jovem ruivo será a voz mais grave que você ouvirá no decorrer dos meses que se sucedem, até que apareça um outro artista com esse mesmo potencial. 6 Feet Beneath the Moon é o disco de estreia do músico e, de modo geral, não dá para dizer que é somente um indie rock, é também uma espécie de jazz fusion com post-punk e uma pitada de hip hop, com alguns sons que até chegam a parecer uma produção do Thomas Prime. De toda forma, neste álbum King Krule é capaz de conceber um experimentalismo musical extremamente delicioso, criando um equilíbrio entre os acordes suaves e a voz agressiva que resultam na melancolia necessária para uma trilha sonora de um dia frio na cidade.
Alex Burey – Inside World (2015, Independente)
Alex Burey é aquele ser humano que, certamente, nasceu pra fazer música. De dois EP’s e um single, coloco minha mão no fogo para dizer que nesses seus trabalhos não existe um som ruim sequer. De toda forma, esse londrino maravilhoso traz em suas composições uma ternura sublime em suas notas, sem excedentes de linhas de bateria as quais servem apenas como um compasso e com uma ambientação eletrônica que flui aos ouvidos sem deixar de cumprir sua função original: trazer uma melancolia confortante sem apelar para uma experimentação mais ousada. No que diz respeito ao gênero, Burey classifica como folk-rock, jazz fusion e soul psicodélico. No fim das contas, esse hibridismo sonoro deixa o som extremamente autêntico e muito mais aceitável aos ouvintes.